primeira experiência com restaurante francês, pronto para encontrar um ambiente cheio de regras não escritas e almofadinhas. caí do cavalo. o ambiente agrada exatamente por ser rebuscado, mas não extravagante. aconchegante é uma boa descrição.
garçons no geral atenciosos e pacientes com neófitos, esclarecendo dúvidas e de fato ajudando na escolha. a carta de vinhos não é longa, mas basta para ornar comes, bebes e bolsos. de entrada pedimos patê raul, de fígado bovino. confesso que comi ressabiado na primeira, pois não sou chegado em fígado nas variantes que conhecia. mas o patê é ótimo. leve, sobretudo, combina muito bem com azeite e o picles fatiado que vem junto.
pedimos outra entrada: torradinhas com queijo cremoso de cabra e ervas finas. este tipo de queijo é forte e harmonizou muito bem com o vinho chileno. a porção não é grande, mas se justifica pois não dá para comer muito.
quando da escolha do prato principal, optamos por um conservador filé mignon ao molho de rochefort. o ponto da carne estava perfeito, mas o molho pareceu um tanto ralo - não sei se é minha adoração por queijos verdes e azuis que se sobrepõe a seu uso na culinária francesa, ou se foi mão leve do chef. detalhe: devido às duas entradas sugerimos ao garçom dividir o prato - e ele mesmo concordou! mesmo assim, satisfez aos dois, ou seja, é bem servido. acompanha salada de alface, bem como batata assada com queijo.
de sobremesa, profiteroles para um e crème brûlée para o outro. ambos perfeitos.
para um restaurante francês na megalomania gastronômica que é são paulo, os preços são bons. os vinhos e entradas, especialmente, não são nada caros. há pratos mais baratos, como as quiches, servidas com salada, ou, no dia que fomos (o cardápio é diário) a rã à provençal e a sopa de agrião. ficam para a breve próxima.